Quem representa na atualidade o mito de D. Sebastião regressado? E o que significa esse mito nacional? Será que o “Desejado” já voltou? Que esplendor se pode esperar dos portugueses nesta época de caos mundial?

Recorda-se seguramente do mito histórico da nossa nação: o regresso de El-Rei D. Sebastião numa manhã de nevoeiro e, com ele, o retorno a uma época tão gloriosa como foram os Descobrimentos.

Mas será que esta lenda tem alguma correspondência concreta com a realidade da nossa nação e o seu propósito no mundo, hoje?

Na minha opinião, a resposta é SIM. Vejamos os argumentos seguintes.

1 – A História de Portugal tem algum sentido, lógica ou estrutura definida?

Incrivelmente, a resposta é afirmativa. Apresento-lhe aqui as ideias sintetizadas.

A nossa História segue um ciclo antigo da Astrologia – de 256 anos. O primeiro ciclo correspondeu à infância do país (1124-1384: 1ª dinastia). O segundo ciclo à juventude do país (1384-1640: 2ª e 3ª dinastias). O terceiro ciclo à maturidade (1640-1896/1910: 4ª dinastias). O quarto ciclo à sabedoria (1896/1910 a 2166).

Cada ciclo segue, por sua vez, várias sub-fases. Por exemplo, fases de 64 anos (infância, juventude, maturidade, sabedoria) ou fases de 83 anos (3 signos zodiacais).

Nesta altura, enquanto República (o quarto ciclo de vida), Portugal está a chegar à fase de  maturidade, mesmo no fim da sua juventude. Que é como quem diz, a começar a ter juízo e tornar-se autónomo em relação à mesada dos pais (financiamento da União Europeia).

Nesta mesma sub-fase, mais concretamente desde 1981 até 2067, Portugal está também na sua fase zodiacal de Aquário que tem como espelho a fase Leão que correspondeu ao auge dos Descobrimentos.

A fase Aquário representa, entre outras coisas, a democracia e integração na União Europeia, numa época mundial de grande desenvolvimento das telecomunicações.

2 – O que tem isto a ver com o regresso de D. Sebastião?

Tudo. Primeiro, porque estamos a chegar a uma época de culminação cultural do nosso país (de 2024 a 2038) o auge do quarto ciclo da nossa História enquanto país definido e autónomo.

Para termos uma noção: o auge do primeiro ciclo correspondeu à conquista do Algarve; o auge do segundo ciclo à chegada à Índia; o auge do terceiro ciclo à reforma Pombalina. Momentos de clímax na expansão territorial ou cultural.

Segundo, porque D. Sebastião nasceu sob os signos solar e ascendente em Aquário estando, portanto, duplamente ligado a este arquétipo zodiacal.

A acontecer um regresso simbólico de D. Sebastião, faz todo o sentido que seja na fase Aquário da História de Portugal, altura em que também se inicia a Era de Aquário mundial (esta mais intensamente a partir de 2011-2012).

3 – O que significa na prática o retorno de D. Sebastião?

O regresso do Rei pode ser interpretado a um nível muito literal, como a coroação mundial de um indivíduo português de um valor, poder e genialidade inquestionáveis, por forma a motivar a auto-estima e confiança de todo o país.

Esse Rei teria que ser conhecido e reconhecido em todo o mundo, levando a bandeira de Portugal e a cultura portuguesa para todos os cantos do mundo, ajudando simultaneamente à pacificação e educação internacionais.

No entanto, o regresso do Rei também deve ser interpretado a um nível mais geral e esotérico, como um movimento coletivo de génese portuguesa, em que são descobertos e revelados tesouros intelectuais e culturais de grande importância para a humanidade.

Entre esses tesouros, podemos considerar descobertas científicas, obras de arte, criações literárias, por exemplo, de extraordinária qualidade.

Digamos que os novos Descobrimentos não estão relacionados com tesouros materiais exteriores, mas com tesouros intelectuais e humanos de excelência, que permitam a unificação do globo em torno de valores comuns.

É esta a essência da missão sebastiânica dos portugueses: tornarem-se eles próprios tesouros, pelas características únicas da sua espécie e, fundamentalmente, pelas obras fantásticas que realizam, promovendo assim a evolução do mundo.

4 – Quais as evidências concretas do regresso de D. Sebastião?

Existem evidências do regresso do Encoberto num sentido mais geral e subtil, com o reconhecimento internacional do trabalho e genialidade de alguns portugueses de eleição.

Mas existe também o D. Sebastião, num sentido mais popular e simples.

Para que o D. Sebastião fosse reconhecido em toda a parte do mundo, pelas suas competências e poder real, teria que ser uma figura altamente mediática.

Por outro lado, qual é a atividade mais mediática do mundo? Um palco que cativa a atenção da população mundial, letrados e iletrados. Dificilmente seria a política, a filosofia ou a literatura porque estas áreas não atraem a maioria das pessoas – o chamado povo.

Queiramos ou não, a área profissional mais mediática no mundo ocidental (já deve ter adivinhado) é o… futebol. Faz sentido que, para regressar, o “Rei” tenha surgido na profissão mais divulgada e que mais atrai multidões.

E quem é então o “Encoberto”, num sentido mais elementar? Aquele que veio de uma ilha e que foi coroado na mesma idade com que El-Rei D. Sebastião morreu – aos 24 anos – o melhor jogador do mundo.

Alguém que tem, por “coincidência” o mesmo signo solar (Aquário) e lunar (Leão) que o Rei desaparecido!

Um indivíduo que se pode considerar hoje em dia como um imperador do mundo moderno, o embaixador de Portugal na comunidade internacional – o português mais famoso de sempre.

Estamos obviamente a falar de Cristiano Ronaldo. Um símbolo do que o mito de D. Sebastião representa: a excelência profissional e genialidade além fronteiras, ultrapassando todos os limites antes fixados, através da determinação mental e força de vontade.

Custa-lhe a acreditar? Peço-lhe que reflita honestamente nestas evidências que referi, sem preconceitos. Não acha que são coincidências a mais? Até porque o Rei morreu jovem, é justo que regresse e seja reconhecido nessa mesma condição.

5 – Quais as outras manifestações do Sebastianismo?

Existem outros D. Sebastiões evidentes, até no próprio futebol, como José Mourinho. E não será por acaso que dois dos melhores profissionais do desporto-rei, desde sempre, sejam portugueses.

Já reparou que os portugueses se distinguem facilmente pela qualidade do seu trabalho quando são submetidos a provas no exterior? Veja a engenharia, a biologia, a medicina, entre tantas outras áreas.

Podemos recordar, por exemplo, na literatura génios como José Saramago e Lobo Antunes; na neurociência, António Damásio; na arquitetura, Siza Vieira e Souto Moura; na medicina, Egas Moniz; na música, Amália; entre tantos outros.

Muitos jovens portugueses estão atualmente a dar cartas internacionalmente, em tantas áreas diferentes, desde o humor, ao espetáculo e literatura.

E é nisso que os portugueses deveriam acreditar: na sua capacidade de trabalho e criatividade, quando se empenham a sério, mesmo que as condições exteriores (como a “crise”) pareçam muito adversas. Por mares nunca dantes navegados e por tempestades nunca dantes vencidas.

Obras de génios como Agostinho da Silva e Fernando Pessoa retratam a visão deste património cultural – o Sebastianismo – como um tesouro psicológico de um valor imenso, porque representa as sementes de Fé, Criatividade e Coragem que cada português contém em si.

Na verdade, cada português é um D. Sebastião em potência e os seus compatriotas mais prestigiados são apenas exemplos da capacidade de realização e mestria que cada português trabalhador pode almejar, se assim o quiser.

Muito é possível fazer ainda, por nós e pelo mundo! Em tantas áreas, em tantos domínios, sermos melhores do que fomos antes… a cada dia mais fortes, mais competentes, mais brilhantes.

Ser Português é uma sorte, um privilégio divino, pela magia e sacralidade com que toda a nossa História foi concebida.

Força, Portugueses! Pela nobreza maior do Ser Humano!

Um Abraço
João Medeiros

Bibliografia principal

Livro: Oceano Ascendente – Ciclos Astrológicos de Portugal, por João Medeiros (Pergaminho, 2004)

Livro: A CARTA (com a explicação do mapa astrológico de Cristiano Ronaldo) – (Lua de Papel, 2013)

Palestra: O Fabuloso Destino de Portugal – à Luz da Astrologia, por João Medeiros (2011 e 2012)

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