Neste artigo, apresentamos uma perspetiva astrológica de 2018 – a nível mundial, nacional e individual – sintetizando também os principais eventos do ano que terminou. Pretende-se compreender as propostas deste novo ciclo, em termos coletivos e pessoais, bem como os seus desafios e oportunidades.

 

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A Síntese de 2017

O ano de 2017 foi caracterizado, a nível mundial, pelos seguintes factos: início de mandato conturbado de Trump; animosidade “nuclear” entre Coreia do Norte e USA; alterações climáticas (furacões mais frequentes, seca e incêndios); vitória de Macron e alívio do ideal de União Europeia; independência e impasse da Catalunha; vitória de Síria e Iraque sobre o Daesh; destituição de Mugabe; política de corte com o passado de João Lourenço, em Angola; continuação da crise na Venezuela; continuação dos escândalos financeiros; crescimento da Bitcoin; expansão económica mundial (melhor ano dos últimos 10); expressão das mulheres (denúncia de abusos sexuais, com consequências práticas).

 

Como referido em artigos anteriores (ver aqui – erros e acertos da antevisão 2017) confirmou-se ser um ano tenso (associada à tensão do ingresso vernal), mas com diversos eventos que poderemos associar a um ano de Vénus (ver aqui – justificação) e a uma harmonia entre Júpiter e Saturno.

Fica também como suspeita, a hipótese de se ter entrado num ciclo maior de Saturno (de 36 anos) como sugerido pelo Ciclo Solar Primário dos Profetas, atendendo à cadência de fenómenos climáticos e preocupação com os mesmos.

Para Portugal, o ano foi contraditório mas globalmente positivo. Entre os principais eventos destacam-se: a expansão económica; saída de procedimento por défice excessivo; crescimento do turismo (e prémios); mais artistas no país (Madonna); vitória na Eurovisão; visita do Papa; escolha de Centeno para o Eurogrupo; conquista da 5ª Bola de Ouro de Ronaldo; atitude positiva e solidária de Marcelo.

Pela negativa, destacou-se claramente a seca e a tragédia dos incêndios, com 100 mortos, 5% da área ardida e descoordenação da proteção civil.

Confirmou-se o crescimento do prestígio de Portugal (como explicado no livro Zodíaco de Portugal , e chegada ao 4º auge) e um ingresso da Primavera tenso também, ainda que protegido pela estrela Rigel.

Mas então quais os fatores astrológicos que poderão ajudar a explicar a proposta do novo ano? Teremos que identificar qual o astro regente do ano; o Elemento dominante; os trânsitos dos planetas superiores; e o ingresso do Sol em Carneiro/ Áries.

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O Astro Regente do Ano 2018

Existindo muitas teorias astrológicas sobre como identificar o astro regente de determinado ano, aquela que me faz mais sentido (até agora) segue uma ordem ininterrupta dos planetas, segundo a sequência horária da estrela caldaica (também chamada de estrela septenária ou dos magos). O que implica haver temas comuns na sociedade, a cada 7 anos.

E, nesse sentido, o ano de 2018 estará associado não a Júpiter (como sugerem muitos astrólogos que seguem o ciclo cabalístico atrás referido, sem o conhecer) mas a Mercúrio.

(O Ciclo Solar Primário dos Profetas – Adaptado, por J. Medeiros)

De lembrar que o ano zodiacal de um astro começa oficialmente a 20/21 de Março, mas cerca de dois meses antes podemos considerar que há já sobreposição de influências entre o próprio e o regente do ano anterior. O que significa que temas surgidos a partir de 20 de Janeiro de 2018, podem estar associados simultaneamente a Vénus e Mercúrio.

Destacaram-se os seguintes eventos em anos de Mercúrio: desenvolvimento da internet, redes sociais, microprocessadores, transportes, inteligência artificial, exploração do espaço (chegada à Lua), clonagem, marca Apple; preocupação com a saúde pública, poluição e ambiente (protocolo de Quioto e criação da Organização Mundial de Saúde); nas artes e sociedade, destaque de papéis de crianças (ou miúdos-prodígio como Harry Potter) ou de transportes (Titanic e Aviator); morte de personalidades por acidente de viação (como Diana ou James Dean); e uma frequência muito acima do normal de terramotos mortíferos (entre os 7 mais letais dos últimos 100 anos, incluindo o da Indonésia, 5 ocorreram em anos de Mercúrio).

E, portanto, segundo esta tese, estes poderão ser igualmente temas em destaque no ano de 2018.

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O Elemento Regente do Ano 2018

Não havendo consenso entre os astrólogos sobre como considerar qual o astro regente do ano é um pouco mais consensual a ideia sobre qual será o Elemento em mais destaque. Em princípio, aquele por onde transitam mais astros. E, em 2018, esse Elemento será a Terra, devido à entrada de Saturno em Capricórnio e Urano em Touro – a grande novidade deste novo ano.

De recordar que das 2 últimas vezes que Saturno transitou em Terra houve mudanças significativas nos mercados financeiros mundiais: em 1998-2000, a criação do Euro (na versão eletrónica),  fixação das paridades das moedas europeias e concorrência ao dólar; em 2007-2009, a crise financeira mundial (chamada crise do subprime e falência da Lehman Brothers).

Faz, portanto, sentido que o ano de 2018 (até 2020) traga temas de alterações dos mercados financeiros, dos sistemas monetários e dos bancos.

A Terra também está relacionada com a indústria, com o dinheiro, com a natureza, a agricultura, o emprego, o imobiliário, as propriedades, a alimentação – pelo que todos estes temas serão desafiados a maior renovação durante os trânsitos neste Elemento.

Associando Mercúrio à Terra, podemos sugerir que os temas como as criptomoedas, pagamentos digitais e tecnologias ligadas à banca/ dinheiro poderão ser temas de destaque no novo ano, bem como novas tecnologias de construção, produção de materiais e de energia – onde entra o tema das energias renováveis, carros elétricos e comboios mais rápidos, já que são transportes (Mercúrio) terrestres.

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Júpiter, Saturno e Urano

Já tendo falado num artigo anterior sobre o trânsito de Saturno em Capricórnio, podemos dizer, em síntese, que esteve associado nos últimos 100 anos a grandes alterações institucionais e materiais como: a grande depressão, confisco de terras agrícolas (na URSS) e êxodos; construção do muro de Berlim; queda do mesmo e fim dos regimes comunistas na Europa.

Este ingresso propõe, assim, que as fronteiras entre os países sejam bem definidas e o papel de cada um. Estará associado certamente à conclusão do Brexit e desenvolvimento das políticas proteccionistas de Trump (e tentativa de construir o famoso “Muro”).

Contudo, o ingresso está combusto e conjunto a Vénus pelo que existem indicações de não ser assim tão fácil construir “muros” que podem ser derretidos, seja pelos eventos , por outras políticas ou pela arte. Tradicionalmente, a combustão de Saturno está associada a um maior risco de explosões, de meteoros, de acidentes ou explosões nucleares e incêndios em grandes cidades (este ingresso vigora até 2020).

Quanto a Urano em Touro, da última vez que transitou por este signo houve desenvolvimentos tecnológicos interessantes, a invenção do monopólio (um jogo do dinheiro) mas também a II Guerra Mundial. Entra agora em vigor este trânsito mas durante 7 anos até 2026, atingindo a maturidade no meio do ciclo, próximo de 2022.

De salientar que Urano e Saturno continuam a formar um trígono, particularmente exato a perto do Verão – já que ambos param a 2 graus. Este trígono está associado à expansão do mercado de capitais e à materialização da inovação.

Podemos acrescentar que o trânsito de Júpiter em Escorpião – vigorando até Novembro – estará provavelmente associado à temática dos escândalos sexuais e movimento Me Too, a continuar com intensidade, uma vez que veio à tona no momento exato em que este astro ingressou neste signo.

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O Ingresso do Sol em Carneiro/ Áries

Outra forma de interpretar as “tendências” de um novo ano é considerar o ingresso do Sol em Carneiro/ Áries, como faziam os astrólogos tradicionais.

Este ingresso de 2018 (em rigor, mais válido a partir de Março e durante um ano) apresenta uma particularidade interessante, ainda que muito desafiante. O Sol aplica-se a Marte em Capricórnio, com uma quadratura muito exata.

Das únicas vezes que isto aconteceu nos últimos 100 anos (aplicação a uma quadratura com Marte) foi nos anos: 1929; 1939; 1971; 1976 e 2008. Estes anos foram bastante tensos, fosse por crises financeiras, início de guerra, mudanças cambiais ou fenómenos naturais. O traço mais comum entre todos (excluindo apenas 1976) foram temas de “stress” financeiro.

Para Portugal, o ingresso contempla a estrela Régulus no Ascendente, um indicador positivo e de liderança (ainda que muitos astros estejam na Casa 8, das dívidas e finanças). Para os EUA, o mesmo ingresso apresenta Marte, Saturno e Sol em tensão muito próxima com o Ascendente – um indicador de bastante pressão sobre este país, pese embora o povo (Lua e regente do Ascendente) esteja em posição bastante confortável. Para o Brasil, o ingresso apresenta semelhança com o dos EUA mas um pouco menos tenso.

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Trânsitos Individuais

Em termos individuais (signos em destaque), uma análise válida só pode ser obtida com dados de nascimento completos. Ainda assim, podemos sugerir uma tendência.

TOP 1Oportunidade/ facilidade: pessoas nascidas entre de 15 a 17 de Novembro e de 5 a 7 de Novembro (conjunção das estações de Júpiter ao Sol natal), aproximadamente

TOP 2 Oportunidade/ facilidade: pessoas nascidas entre de 13 a 15 Março e de 3 a 5 de Março (trígono às estações de Júpiter)

TOP 3Oportunidade: pessoas nascidas entre 24 e 26 de Agosto (trígono com Urano e Saturno, a partir do Verão)

TOP 4Oportunidade: nascidos entre 2 e 4 de Novembro e entre 18 e 20 de Outubro (conjunção às estações de Vénus, em Novembro/ Outubro)

Em relação aos desafios:

TOP 1 Desafio/ Responsabilidade: nascidos entre 29 e 31 de Março, entre 2 e 4 de Outubro, entre 22 e 24 de Março e entre 25 e 27 de Setembro (quadratura às estações de Saturno)

TOP 2Desafio: nascidos entre 30 de Junho e 2 de Julho e entre 23 e 25 de Junho (oposição às estações de Saturno)

TOP 3Desafio: nascidos entre 30 de Dezembro e 1 de Janeiro e entre 23 e 25 de Dezembro (conjunção às estações de Saturno)

TOP 4Desafio: nascidos entre 28 e 30 de Janeiro e entre 17 e 19 de Janeiro (quadratura às estações de Marte)

Em geral, as pessoas com energia de Escorpião poderão sentir tendência para mais facilidade na realização das suas pretensões (Júpiter ainda atravessa este signo) , secundariamente, as de Peixes e, em terceiro lugar, as do meio e final de Caranguejo (pelo menos até Novembro).

De seguida, os de Terra (Virgem e Touro), atendendo aos trígonos de Saturno em Capricórnio e ao ingresso de Urano em Touro poderão sentir-se mais capazes de pôr em prática os seus propósitos, sobretudo, nos planos materiais e profissionais. Capricórnio, em especial do início (1º decanato), será desafiado a renovar ambições e metas, indo à essência das mesmas.

Dos restantes, destacam-se algumas pessoas de Caranguejo, Balança e Carneiro – pelo desafio das estações de Saturno que podem manifestar-se em maior cansaço físico ou decisões de mais responsabilidade.

Para os restantes signos, as tendências são relativamente neutras ou de continuidade em relação aos outros anos.

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Sugestões

Em termos de atitudes mais adequadas à proposta do novo ano, sugere-se um foco pragmático, sincero e realista, mais do que idealista. Ou seja, que as pessoas não percam tempo, que tomem decisões mais rápidas, que sejam produtivas e saibam onde investir as suas poupanças/ dinheiro.

Pede-se mais atenção às legalidades e formalidades burocráticas, mas também à simplificação das mesmas. E, em especial, uma atitude mais verdadeira, rigorosa, planeada e ambiciosa – com paixão. Igualmente, será importante maior atenção ecológica e melhor aproveitamento das tecnologias.

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Conclusão

Resumindo, o ano de 2018 terá uma assinatura dos seguintes fatores :

MERCÚRIO (provável regente do ano, pela ótica da repetição de temas a cada 7 anos)

TERRA (elemento com mais peso, em termos de trânsitos dos astros, incluindo transpessoais)

MARTE (pela sua força no ingresso vernal, em quadratura estreita e aplicativa ao Sol)

e dos signos CAPRICÓRNIO, TOURO e ESCORPIÃO (pelos trânsitos de Saturno, Urano e Júpiter)

Pelos argumentos vistos, faz assim sentido que sejam estes temas em destaque a nível mundial:

  • Tecnologias: internet, redes sociais, microprocessadores, gadgets, inteligência artificial, transportes, e exploração do espaço
  • Ambiente: temperaturas extremas, fenómenos naturais destrutivos (sejam climáticos ou outros), regulamentação da poluição, impulso de energias renováveis, de ecologia e da medicina
  • Na cultura/ arte/ sociedade: cientistas, empresários, financeiros, transportes e meninos-prodígio
  • Economia/ política: competições e alterações cambiais mais significativas; mudanças nos bancos, nas moedas e na relação com dinheiro; tensões nucleares; maior volatilidade financeira; inovação científica/ empresarial; start-up’s; continuação de escândalos sexuais.

A nível nacional, a presença de Régulus no Ascendente do ingresso, bem como a tese do Zodíaco de Portugal, sugerem a continuação e aumento do prestígio de Portugal no mundo, seja pelo destaque das suas individualidades, pelo crescendo do turismo ou realização de grandes eventos – mesmo que o ano não esteja isento de desafios e a própria UE, com o grande desafio da reforma do Euro e do sistema bancário, para além da negociação do Brexit e o impasse da Catalunha (que, contudo, pode beneficiar a deslocação de fluxos de capitais e empresas para Portugal).

Em conclusão: podemos dizer que o ano 2018 traz uma proposta realista, pragmática, intensa com ênfase no desenvolvimento da ciência e da tecnologia, bem como na transformação dos mercados financeiros e monetários, preocupações ambientais e continuação das temáticas de poder e sexualidade.

Para mais detalhes internacionais e nacionais, ver o webinário O Ano 2018 – à Luz da Astrologia

Um abraço e feliz 2018!

João Medeiros

Lisboa, 9 de Janeiro de 2018

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