Quais as perspectivas para o ano 2017, à luz da Astrologia? Serão agravadas as tendências nacionalistas do último ano ou, pelo contrário, serão diluídas? O que esperar em termos mundiais e nacionais, no próximo ano? Quais as prioridades, para o desenvolvimento pessoal? Quais as energias zodiacais e planetárias em destaque?

Para responder a estas perguntas, importa sintetizar os maiores acontecimentos de 2016 e compreender também quais os fatores astrológicos associados a esses movimentos.

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O ANO 2016

No plano mundial, os principais acontecimentos registados foram: a eleição surpresa de Donald Trump, para a presidência dos E.U.A.; a votação do Brexit; o impeachment de Dilma Rousseff; e o escândalo Panama Papers.

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Verificou-se assim ser um ano de Fogo, com domínio de Marte e Saturno, ambos estacionando em Sagitário na grande estrela Antares. Esta estrela está associada a fundamentalismos, radicalismos e impetuosidade de decisões, mesmo que autodestrutivas. Estes astros, de separação e corte, dominaram o mapa do novo ano zodiacal (ingresso do Sol em Carneiro/ Áries) nos E.U.A. e no Reino Unido.

Também se comprovou ser um ano do Sol, pelo destaque de novas lideranças solares (em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, por exemplo, e Trump na América) e por eventos desportivos memoráveis, que prestigiaram estrelas (como Cristiano Ronaldo, no Euro 2016).

Foi um ano muito encorajador para Portugal, culminado com a eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU.

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No plano internacional, o lado positivo do trânsito de Saturno em Sagitário foi vivido pela divulgação pública de grandes evasões fiscais e pela primeira viagem à volta do mundo por um avião movido a energia solar. Pela negativa, foi manifestado pelas tendências xenófobas e anti-imigração: a vontade de construir “muros” entre países.

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O ANO 2017

O novo ano continuará a ter uma enorme preponderância do Fogo, devido aos trânsitos de Urano e Saturno em signos deste Elemento, mas também pelos trânsitos de Vénus durante quase 5 meses em energia ígnea.

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Assim, será natural que os temas da competição entre países e afirmação das soberanias nacionais se mantenham. Porém, a passagem de Júpiter em Balança/ Libra até Outubro sinalizará boas oportunidades de cooperação ou mediação para se equilibrar estes conflitos e mesmo promover a economia mundial com avanços tecnológicos e expansão da aviação (atendendo ao sextil de Saturno e Júpiter, oposto a Urano).

O novo ano zodiacal – que começa em 20 de Março de 2017 – será um ano de Vénus, seguindo a ordem da Estrela dos Caldeus, que qualifica temas comuns em cada ano a cada ciclo de 7 anos.

(Nota: outras correntes referem 2017 como um novo ciclo de 36 anos regido por Saturno, sendo o próximo ano também governado por este astro – veja no final um comentário a esta versão(*))

Em anteriores anos de Vénus, verificaram-se eventos como a Revolução de Maio de 1968; o protesto de Tienanmen; a queda do muro de Berlim; a queda de Saddam Hussein; a independência de colónias (como Angola e Índia); o fim de guerras (como a do Vietnam) e o início da Primavera Árabe.

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Nestes anos, ocorreram fenómenos de protesto das classes mais jovens, derrube de regimes absolutistas, rendições políticas e independência de nações – temas que poderão estar em voga durante 2017.

Nesse sentido, seria legítimo esperar um apaziguamento da guerra na Síria ou uma anulação do Daesh.

Para além disto, os anos de Vénus tiveram um bom desempenho das economias e muita expressão musical. Foram as épocas do nascimento artístico de grandes nomes (como Madonna e Elvis) ou o auge criativo de outros como Michael Jackson, Queen e Abba. Em especial, destacaram-se artistas femininos e com maior expressão da sexualidade (como ilustra o apogeu das Spice Girls ou das Doce, em anos de Vénus.)

Foi também num ano zodiacal de Vénus que foi criado o Facebook, a rede social que revolucionou os relacionamentos humanos.

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Por estes argumentos, será previsível a maior expressão dos jovens, na sociedade, e a visibilidade de mulheres, especialmente na arte e na música.

Contudo, não se pense que será um ano assim tão estável por ser ano de “Vénus”.

Por um lado, como dissemos, é um ano de Fogo. Por outro lado, o ingresso do novo ano zodiacal denota uma enorme tendência para instabilidades governativas no mundo, devido à quadratura do Sol à conjunção da Lua e Saturno em Sagitário.

Por essa razão, os temas da justiça financeira, do desemprego, de greves, das dívidas soberanas e da imigração estarão provavelmente ainda na ribalta, podendo levar ao fim de governos na Europa e no mundo.

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No caso de Portugal, ainda que num ciclo bastante positivo para os próximos 12 anos, poderá ser indiretamente afetado pelo clima de crispação internacional, dadas as consequências para a gestão da dívida ou da manutenção do Euro. De Maio de 2017 a Março de 2018, o governo poderá viver um ciclo bastante sensível, neste respeito.

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SIGNOS DE 2017

No plano individual, podemos dizer que o desafio maior será o de criarmos parcerias mais dialogantes e abertas, promovendo a individualidade de cada um em simultâneo.

Ou seja, para cada pessoa, entidade ou país evoluir na sua liberdade (Urano e Vénus em Carneiro / Áries) terá de saber dialogar com simpatia e persuasão com os outros(Júpiter em Balança/ Libra), mantendo o sentido de humor e a ética (Saturno em Sagitário).

Nesse sentido, pessoas ou entidades com o signo Balança / Libra dominantes terão maiores oportunidades de se expressar, sendo 2017 um ano de boas perspectivas de viverem a sua natureza mais comunicativa e sociável, de modo mais expansivo. A partir de Outubro, será a energia de Escorpião bafejada pelo bom trânsito de Júpiter.

Para os restantes signos zodiacais destacam-se os últimos graus de Áries/ Carneiro e de Sagitário, sob trânsitos de Urano e Saturno respetivamente. Isto significa que personalidades ou entidades com estas energias dominantes (por exemplo, as pessoas nascidas entre 13 a 20 de Abril e 12 a 20 de Dezembro) serão desafiadas a viver com mais independência, liberalismo e modernismo (Urano) e também com mais responsabilidade e organização (Saturno).

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Para os restantes signos, a abordagem é muito variável dependendo da configuração de nascimento. Porém, continuaremos com os transpessoais Neptuno em Peixes e Plutão em Capricórnio pedindo para sermos solidários mas também ambiciosos nos nossos objetivos de vida.

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CONCLUSÃO:

Em síntese, podemos dizer que o novo ano traz uma certa esperança de expressão dos jovens, oportunidade de diálogo e alívio de conflitos mas, em simultâneo, com confronto e busca de identidades mais fortes. Por outras palavras, poderemos assumir que é um ano da Vénus de Fogo.

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Para mais detalhes, sugerimos o vídeo: O ANO 2017 !

Um abraço e feliz ano novo,

João Medeiros

Lisboa, 15 de Dezembro de 2016


(*) Sobre o ciclo de 36 anos:

Segundo correntes de Astrologia Cabalística (ou hebraica) mencionadas pelo astrólogo Sepharial (no livro “Science of Foreknowledge ” de 1902, reeditado em 2006) existirá o que é designado como Ciclo Solar Primário dos Profetas.

Na lógica deste ciclo cada planeta clássico ordenado na seguinte sequência inversa aos dias da semana (Sol-Saturno-Vénus-Júpiter-Mercúrio-Marte-Lua) governará um ciclo de 36 anos.

heptagramCerca de 60 ciclos de 36 anos corresponderão a 2160 anos – uma era astrológica (ou seja, o grande ano precessional de 25920 anos a dividir por 12).

O ano 1 do calendário gregoriano corresponderia a um início de um ciclo de Saturno – provavelmente, por ser o astro associado ao tempo e à medição do mesmo). Cada ciclo começaria e terminaria com um ano desse mesmo astro regente do ciclo, sendo a ordem dos restantes dada pelo circuito exterior da estrela dos magos (ou seja, na sequência Saturno-Júpiter-Marte-Sol-Vénus-Mercúrio-Lua).

Exemplo de anos recentes:

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Apesar de não ser muito clara a origem teórica desta sequência, é de facto interessante constatar como no último ciclo de Mercúrio (1873-1908) se desenvolveram os transportes aéreos e automóveis; o último ciclo de Marte (1909-1944) incluiu as duas grandes guerras; o último ciclo da Lua (1945-1980) coincidiu com a chegada à Lua, criatividade musical, expansão da população e do destaque da mulher; e o recente ciclo do Sol (1981-2016) coincidiu com uma fase de um certo auge civilizacional.

Portanto, alguma razão terá este sistema, sendo legítimo considerar-se também que no próximo ano (de 2017) entraríamos num ciclo de Saturno de 36 anos. Tratando-se de um astro maléfico e estando o mundo em convulsão política, nesse sentido, poderíamos esperar o pior: barreiras entre países, crise económica, e grande realismo.

A minha crítica a este sistema prende-se apenas com a atribuição dos anos, no sentido: (1) haver descontinuidade da ordem a cada fim de ciclo de 36 anos; (2) isso não ser comum noutras práticas astrológicas, como a sequência dos dias da semana (por exemplo, não passamos de uma terça-feira, para uma quarta-feira e a seguir um sábado), nem na sequência das horas planetárias; (3) parecer-me haver temas comuns a cada ciclo de 7 anos (ver vídeo em baixo com exemplos) mesmo além de intervalos de 36 anos.

Mas então nesse caso como seriam compatíveis as duas visões, ou seja, ser 2017 um ano de Vénus mas o início de um grande ciclo de Saturno? Se considerarmos que a sequência original terá começado num ciclo Sol-Sol, seguindo sempre a sequência anual horária da estrela dos magos, temos uma hipótese.

Eis o exemplo:

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Neste caso, não estaríamos a violar a sequência planetária anual em grandes transições de ciclos de 36 anos. E as duas séries seriam coincidentes em ciclos do Sol.

Mas é apenas a minha opinião, enquanto astrólogo. Verificando a história recente, parece fazer bastante sentido.

De todo o modo os próximos anos ajudarão a esclarecer as seguintes dúvidas:

  1. Estamos mesmo a entrar num novo ciclo de 36 anos, agora regido por Saturno?
  2. Qual das sequências é mais fiável, ser um ano de Vénus ou de Saturno, mesmo que Saturno possa governar um ciclo global a começar?

Aqui estaremos para compreender.

Poderemos ainda complicar o sistema considerando, por exemplo, que cada ciclo de 36 anos poderá estar associado a um signo do Zodíaco, como o próprio Sepharial fazia. Nesse sentido, o ciclo de 2017 a 2052 seria de Saturno em Carneiro/ Áries (o que não soa muito animador) – e que implicaria estarmos a entrar numa era de mudanças radicais e algo violentas.

Esperamos, por isso, que seja mesmo um ano de Vénus.

João  Medeiros


Eventos em destaque:

JANEIRO 2017:

Introdução à Astrogenealogia

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Astrologia Horária 1

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FEVEREIRO 2017:

Nível 1 – Astrologia (no Porto)

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Congresso Internacional de Astrologia (no Porto)

MARÇO 2017:

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