No dia da comemoração da República Portuguesa, António Guterres é eleito secretário-geral da ONU. Neste artigo, comentamos este evento, na linha de outros acontecimentos históricos recentes como a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa, a vitória portuguesa no Euro 2016, e os recordes de turismo que validam a tese de estarmos a chegar ao 4º auge da nação, o mais importante de todos.
Por diversas ocasiões anteriores, num livro publicado há mais de uma década (Oceano Ascendente- Ciclos de Portugal), várias palestras ao vivo (o Destino de Portugal) e artigos (ver artigos Regresso do Rei e Portugal-Campeão da Crença) falámos da geometria sagrada da História de Portugal, à luz dos ciclos planetários.
Nesta visão, confirmada pelos factos históricos, princípios numéricos e geometria do ciclo interpretámos o grande ciclo zodiacal de Portugal (1128 a 2166) em quatro grandes fases. O ciclo da Infância (1128-1384); o ciclo da Juventude (1384-1640); o ciclo da Maturidade (1640-1896/1910) e o ciclo da Sabedoria (1896/1910-2166).
O 4º AUGE DE PORTUGAL
Atualmente estamos a viver o 4º auge de Portugal que atinge o seu máximo em 2024-2038 e que está associado, entre outras coisas, à manifestação da excelência profissional dos portugueses no mundo, bem como ao encontro de soluções que permitam maior harmonia internacional. Ou por outras palavras, uma redescoberta filosófica, humana e espiritual. Na linguagem de Fernando Pessoa, o chamado 5º Império, na sequência do grego, do romano, do europeu e do britânico
A eleição de Guterres, para além das simpatias ou antipatias pessoais de cada um, é sem dúvida um triunfo da diplomacia portuguesa e, mais uma vez, uma coroação da inteligência portuguesa no plano internacional. E haverá cargo político com mais representatividade mundial? A de porta-voz das “Nações-Unidas”, mesmo que esta organização tenha sido muito manipulada no passado?
Seria fantástico que os portugueses se unissem mais nesta visão positiva do caminho português e do papel decisivo que a nação poderá ter no palco mundial, numa altura absolutamente urgente, em termos da falta de valores e lideranças. Não pelo orgulho de ser português, mas pela dignidade e sobrevivência da humanidade.
Temos “Ases” em várias áreas profissionais, da ciência ao desporto, mas de que vale isto se não tivermos uma estratégia conjunta, com verdadeira força espiritual, para dar a volta aos desafios mundiais? Em grande medida, estes desafios prendem-se com a construção de uma crença filosófica comum, sobre a natureza da vida e do universo.
A fase atual do país (de 1981 a 2080), que contém o 4º auge, corresponde ao signo de Aquário, no grande ciclo zodiacal. Este arquétipo, para além de estar associado ao sebastianismo (D.Sebastião era Aquário duplo), representa qual o tipo de auge em causa: um clímax da inteligência, da ciência e da genialidade, com um foco humanitário.
Uma vez que já abordei o assunto por diversas vezes (ver links acima) comentarei apenas alguns dados astrológicos interessantes sobre a eleição de Guterres.
O MAPA DE GUTERRES
António Guterres terá nascido a 30 de Abril de 1949, na Parede, por volta das 0h30 (indicação do jornal Expresso , referenciando a sua certidão de nascimento – ver fonte).
Pessoalmente, acho que a hora oficial está ligeiramente adiantada, sendo mais plausível que tenha ainda Ascendente Sagitário nos últimos graus deste signo. De notar os 4 astros em Touro, incluindo o Sol e a Lua, nas Casas 4 e 5 que sugerem uma certa simplicidade da sua personalidade, e preocupação com as classes mais pobres (casa 4) e com as crianças (Casa 5). Certamente, os valores de infância terão sido muito determinantes no seu caráter.
A energia Taurina também sugere habilidade para conseguir “levar a água ao seu moinho” sem entrar em conflito. Vénus governa a Carreira (Casa 10), está domiciliada e angular o que também aponta para a força da sua projeção pública.
O planeta Júpiter em Aquário, conjunto à estrela Altair, na Casa 1 é, em meu entender, um fator fundamental no seu percurso político, uma vez que esta estrela está associada ao progresso e, o signo em questão, às associações humanitárias.
O planeta Marte está também domiciliado na Casa 4, em Carneiro, fator que sugere haver um verdadeiro lutador incansável, na raiz da sua personalidade. O enquadramento mais desafiante será Saturno em Leão, na Casa 8 da intimidade, fator que estará ligado à sua viuvez precoce.
Os trígonos de Júpiter à Lua e Mercúrio, que estão conjuntos, reforçam a possibilidade de um talento de comunicação tranquila mas erudita em grandes palcos.
Um dos principais desafios de Guterres, tal como aconteceu enquanto primeiro-ministro, é também o excesso de energia taurina, que tende para decisões demoradas e um ritmo lento.
Porém, a energia sagitariana (como penso que será o Ascendente, se tiver nascido uns minutos antes) validam um certo otimismo, tolerância e espírito internacional que é desejável para um cargo do nível que ocupará.
O OUTONO DE 2016
Por curiosidade, exploro brevemente também a questão: seria previsível a vitória de Guterres, à luz da Astrologia?
Juntamos aqui 3 argumentos: o grande Zodíaco de Portugal (ver ligações em cima); o mapa do início do Outono para Portugal; e um mapa horário.
No mapa da entrada do Sol em Libra-Balança (o Arco-Íris), em 2016, que tive a ocasião de comentar num evento em Mafra, havia várias indicações nesse sentido:
- Vénus em Libra no Meio-do-Céu (força máxima)
- Sol e Júpiter conjuntos em Libra, na Casa 9 (do plano internacional)
Estes argumentos sugeriam uma expansão internacional e cultural do país, possivelmente, por via diplomática (Vénus em Libra) no Outono de 2016.
Num mapa horário para a pergunta que coloquei em Fevereiro de 2016, quando começou a corrida para o cargo “Será que Guterres vai ganhar a eleição para Secretário-Geral da ONU?” – os indicadores também eram extremamente positivos:
- Vénus: governava a Casa 7, em Libra, e representava Guterres por ser conhecido como homem do diálogo; por estar num signo humanitário (Aquário); na Casa 11 das grandes organizações; e no grau 11, apropriado para quem entrara na ONU há 11 anos atrás (em 2005)
- Saturno: governava as Casa 10 e 11 sendo o representante da ONU por essas razões e porque estava em Sagitário (Direitos), na Casa 9 (Internacionais) e no grau 15, apropriado pelo facto de haver 15 membros permanentes a votar.
A validação era dada porque Vénus (Guterres) se aproximava por aspeto de sextil a Saturno (ONU), sem impedimentos, sugerindo que em cerca de 4 meses após a questão (Junho 2016) a questão já estaria praticamente encaminhada a seu favor, na altura da primeira votação.
É interessante verificar como em ambos os mapas (pergunta horária e ingresso de Outono), Guterres é representado por Vénus, o astro mais forte do seu mapa natal (chamado tradicionalmente o Almutem Figuris).
NOTA FINAL
Desejamos que o mandato de Guterres tenha um forte cunho de paz e progresso, como é a missão de Vénus, conseguindo criar as pontes e consensos que são essenciais para o mundo.
E que os portugueses continuem a acreditar que têm um caminho muito (MUITO) especial se quiserem acreditar que existe um plano superior do qual fazemos parte.
Um abraço
João Medeiros
Lisboa, 5 de Outubro de 2016
Presenciei este ano, essa tal sintonia essencialmente com uma criança em Coimbra.
Humildade e Transparência são as suas primeiras palavras chave no seu primeiro discurso após ter sido formalmente anunciado como secretário-geral das Nações Unidas.
Além de português, o espírito colectivo é e será com uma última ou primeira palavra chave – Transformação – na certeza que tudo já foi tudo aquilo ao ser evoluído.
Obrigado pelo comentário, Nuno!
Olá. Era só para deixar uma nota e uma pergunta em relação ao seu interessante texto sobre a astrologia do António Guterres e do auge de Portugal. Primeiro a pergunta: o que tem a eleição do Marcelo R Sousa a ver com a eleição do Guterres ou com algum auge? É boa para Portugal e melhor do que a eleição de qualquer outro candidato presidencial?? Em relação ao “quarto auge”, não percebi bem quais são os auges e se esses auges diferem do que chamou de ciclos. Afigura-se-me, contudo, que o País está a chegar à 4ª bancarrota e rapidamente, e isso consegue-se explicar não através da Astrologia mas através da Matemática. É claro como água e certo como 2+2=4 🙂
Caro Pedro
Aqui vão alguns links que poderão ajudar à resposta ao seu comentário.
Aqui vai um artigo:
https://joaomedeiros.com/o-regresso-de-d-sebastiao/
Um livro sobre o tema:
https://joaomedeiros.com/livro-oceano-ascendente/
E um vídeo:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=X-t63wsSHw8
O 4º auge não é material, mas intelectual. Já agora, os auges também são matemáticos. Trata-se de um ciclo de 256 anos associados a Saturno.
1º ciclo- 1128/1143 a 1384/1399
2º ciclo – 1384/1399 a 1640/1655
3º ciclo – 1640/1655 a 1896/1911
4º ciclo – 1896/1911 a 2152/2167
Os auges são a metade dos respetivos ciclos.
Cumprimentos
João Medeiros