O Brexit tem sido um dos processos políticos internacionais mais complexos dos últimos anos. Tem causado muitas incertezas e interrogações e por esse motivo poderá ser interessante perceber outras abordagens – para além da estritamente política – como o caso da Astrologia Horária, que permite um olhar mais esclarecedor e claro para a situação e seus próximos tempos.


Existem sobretudo 3 tipos de mapas que se podem interpretar para dar resposta a uma questão coletiva:

  • Mapas Mundiais, como por exemplo o da independência de um país ou dos Eclipses;
  • Mapas Natais como o mapa de nascimento um político em destaque – esta é a abordagem mais difícil de ser conclusiva – porque estes mapas retratam também eventos mais íntimos e pessoais;
  • a terceira abordagem é a Astrologia Horária de temas coletivos.

Neste artigo exploramos a terceira via, ou seja, se é possível entender a confusão do Brexit com Astrologia Horária. Para isso, vamos recorrer a dois mapas colocados pelo astrólogo em duas alturas distintas. Não sendo ele inglês mas sim português, com alguma simpatia pelo Reino Unido, mas sem um interesse específico. Contudo, é cidadão da União Europeia e do mundo e interessa-lhe a conjuntura da economia mundial.


Lembramos que o Brexit foi escrutinado em 23 de Junho de 2016 e por uma escassa vantagem ganhou o SIM no referendo britânico. Esse referendo aconteceu numa altura em que o planeta Marte e Saturno estavam retrógrados, indicadores de que era uma iniciativa que podia trazer consequências um pouco mais complexas, demoradas ou bloqueios.

Um planeta retrógrado, por um lado, parece fortalecido porque está mais luminoso. Mas também está debilitado, uma vez que tem uma luz tão forte que se torna rebelde e arrogante, ou seja, dono do seu próprio “nariz” e contra todos os outros. Então, não terá sido por acaso que o Brexit foi votado estando Marte retrógrado, com veredicto de saída.


MAPA 1

Analisando a primeira pergunta horária que foi colocada “Será que o Reino Unido sai mesmo da União Europeia?” no dia 16 de Novembro de 2018 pelas 00h:14m:49s de Lisboa, verificaremos que a interpretação deste mapa horário e do segundo, calculado um tempo mais tarde, chegam a conclusões semelhantes.

Em primeira análise, é importante perceber quais são os representantes do Reino Unido e qual será o desenvolvimento da situação.

A primeira hipótese é ser representado pela Casa 7 por ser outro país – pois se a casa 1 seria o meu país, a oposta seria o outro.

Também se pode considerar que, como o Reino Unido é um país estrangeiro, seria representada pela Casa 9 cujo regente  é Marte, já que temos o signo Carneiro aí posicionado.

Marte está na Casa 7 tal como a Lua, o que também é compatível, em parte, por ser uma pergunta sobre o outro e não sobre o próprio.

Neste caso, Portugal seria representado pelo Sol em Escorpião, regente de Leão e Saturno seriam os outros países em geral, que não o Reino Unido.

Este será precisamente representada por Marte no grau 0° de Peixes acabado de sair do signo de Aquário.

Peixes é o signo das ilhas, apropriado para a geografia do Reino Unido. Fica aqui representado saindo de Aquário – de uma tónica mais associativista, cooperativa como é normal deste último signo – para uma tónica mais de isolamento. Contudo, como Júpiter rege Peixes e este está em Sagitário há uma procura, de certo modo, de liberdade para agir à sua maneira.

Curiosamente, Carneiro que está na cúspide da casa 9 é também o signo tradicional de Inglaterra e temos Urano lá situado, reforçando a radicalidade do mapa, ou seja, indicação de que tem funcionalidade enquanto instrumento de diagnóstico.

Urano é o planeta da independência e está retrógrado. Isto quer dizer que está rebelde e a querer governar à sua maneira. É um planeta fora do sistema, e a Inglaterra (o corpo principal do Reino Unido) é um país que quer sair fora de um sistema, o que confirma esta análise.

E quais serão os outros significadores?

Há significadores aqui acessórios, que não terão grande interesse e há outros principais. O que tem mais interesse, eventualmente, é a Lua, além de Marte. A Lua é significadora geral do povo e estando em Aquário e regendo a Casa 12 (que é a casa derivada 4 da 9) – representa o povo britânico.

Saturno será também representante dos governantes ou a própria Rainha de Inglaterra, uma vez que ela em ascendente Capricórnio. Este é o Signo da Casa 10 derivada da casa 9, que é a casa 6.

Outro indicador importante poderá ser o afastamento da Lua de um trígono com Vénus estacionária.

Vénus em geral governa as uniões, os casamentos  e aqui a União Europeia- o que significa que a Lua está-se a afastar de um casamento, de uma aliança e dirige-se para Marte.

Contudo está nos últimos graus de Aquário, no limite de uma situação, e irá entrar em Peixes conjunta a Marte que é o planeta da independência e da separação.

O afastamento da Lua em relação a Vénus é de 2º30′ graus – tempo que encaixa perfeitamente com a distância entre a votação do Brexit e o momento da pergunta horária: 2 anos e meio.

Tecnicamente e em termos clássicos, a Lua está vazia de curso e num signo Fixo, indicador de que está tudo empatado e nada iria mudar. Porém, a sua proximidade de Marte e de Peixes aponta mais no sentido do impasse imenso que aconteceu, não necessariamente da impossibilidade de uma solução.

A Lua faz ainda um sextil aplicativo com Urano – o astro fora do sistema – a quase 2 graus de distância (1º49′) sugerindo o tempo para que se encontre essa solução para a autonomia – Verão de 2020.

A Lua entra em Peixes e junta-se a Marte com 2º30′ de distância, correspondendo a 2 anos e 2 meses a partir de Novembro de 2018, o que dá aproximadamente fim de 2020 ou início de 2021 como uma data possível de finalização do Brexit e da saída do Reino Unido da União Europeia.

Marte vai-se aplicar a uma quadratura a Júpiter, em 2°30 graus, o que confirma a tese de possível alcance final da liberdade perto do início de 2021, ainda que com esforço. Faz mais sentido que o desfecho final seja uma saída com acordo porque Marte se aplica a Júpiter dignificado, e a Lua faz sextil com Urano


MAPA 2

Vejamos o segundo mapa, cuja pergunta foi colocada mais tarde, quando Boris Johnson foi eleito: “Boris Johnson consegue levar a bom porto o BREXIT?”.

23 Julho 2019, 15h26 Lisboa

 Este mapa horário tem, de facto, nuances muito interessantes.

Primeiro, a casa 9 cheia de planetas – que é a casa do país estrangeiro.

Seguindo o mesmo raciocínio, o Reino Unido seria governada pela Lua, que rege a casa 9 e está em Carneiro. Este é o tradicional  Signo de Inglaterra, um país líder em muitos aspectos e individualista.

Boris Johnson seria representado pelo regente da Casa 10 derivada da Casa 9, ou seja, Marte em Leão.  Isto faz sentido porque a pessoa em si é uma pessoa agressiva e assertiva e com uma juba amarela de leão.

O mapa também tem ascendente Fixo, o que denota a demora e teimosia na resolução dos problemas.

Vénus poderá representar a União Europeia, estando na Casa 9, indicando eventualmente a vontade em conjunto de se chegar a um acordo.

O Sol acabado de entrar em Leão significa a autoridade que Boris Jonhson acabava de assumir. Foi nessa altura que foi eleito, estando a começar a liderança do “loiro”.

Vemos que a Lua se dirige para um trígono com Júpiter com 1° de distância e Marte com 1°15’. Aqui temos mais dificuldade em encontrar uma métrica de tempo, sendo legítimo aceitar que seria uma unidade de tempo até a Lua fazer trígono a Júpiter e Marte fazer trígono a Júpiter. O tempo seria de 1º30′ para a perfeição completa de um Grande Trígono de Fogo.

Júpiter está na Casa 2 dignificado, em Sagitário, donde vemos semelhanças com o mapa anterior, pois Marte, Júpiter e Lua estão ligados. Portanto pode-se dizer que Júpiter sugere mais uma saída limpa, com acordo, com grande alívio no início e com aproximação a países grandes e ricos, como por exemplo os Estados Unidos.

No início pode haver até uma euforia de libertação pela saída do país, salvaguarda financeira, subida da cotação da moeda e das acções.

E para quando isso poderá acontecer? Com este mapa é mais difícil de perceber, mas com uma métrica de 1 grau por ano encontraríamos algo como o Verão de 2020.

Fazendo coincidir a quadratura da Lua com Saturno, encontramos 2 graus (meio de 2021) que pode corresponder à saída definitiva ou consequências da mesma.


CONCLUSÃO

Juntando os dois mapas podemos afirmar que há uma grande possibilidade que o Brexit se realize e que o Reino Unido saia da União Europeia, oficialmente, entre meio de 2020 e início de 2021.

Pode acontecer que o acordo seja alcançado até meio de 2020, com uma transição, e que a saída definitiva ou final seja até meio do ano 2021 ou antes.

Parece que essa saída será um alívio e que o Reino Unido contará com ajudas – provavelmente os EUA – pelo menos no curto prazo.

Curiosamente, isto coincide também com a grande conjunção planetária de Júpiter-Saturno em Aquário, que inicia um novo ciclo de 20 anos no mundo.

Veremos se esta análise faz sentido e como se desenvolvem as negociações.

João Medeiros

Lisboa, 15 de Outubro de 2019

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