A sua vida é profunda?

No seguimento de artigos anteriores, continuamos a escrever sobre as Casas astrológicas chegando agora à última das 12 Casas.

Se a nossa vida fosse um palácio, como vimos: o portão seria a Casa 1 (e Ascendente), o cofre-forte seria a Casa 2; o automóvel seria a Casa 3; o terreno seria a  Casa 4; o jardim de recreio seria a Casa 5; o escritório seria a Casa 6; a sala de visitas seria a Casa 7; o quarto de casal seria a Casa 8; a biblioteca seria a Casa 9; o telhado seria a Casa 10; o salão de festas seria a Casa 11.

A Casa 12 é considerada uma das casas mais misteriosas e transcendentes do universo astrológico. Ela representa o Quarto de Meditação do palácio, isto é, as experiências de interiorização profunda que nos levam a um Além.

Esta área de vida é uma espécie de Espaço Zen no qual nos recolhemos para descansar, reflectir, ponderar e entrar em contacto com o nosso Eu mais profundo e inconsciente.

Obviamente, esta casa está associada à espiritualidade, mas também a situações de fuga e escape à realidade quotidiana e do trabalho (a Casa 6). Por essa razão, representa também a vivências dos momentos de retiro: os fins-de-semana; a noite; as férias.

Prisões, hospitais, mosteiros são do domínio desta Casa bem como discotecas, bares, algumas estâncias turísticas – todos os espaços fora da realidade normal do dia-a-dia.

Pessoas que tenham muitos planetas nesta área de vida serão desafiadas a estarem sozinhas, a criarem o seu mundo mais isolado e resguardado, como uma ilha encantada. Serão impulsionadas a contactarem profundamente com a Natureza circundante.

Numa perspectiva mais condicionante, a Casa 12 também pode ser entendido como situações que nos obrigam a parar para reflectir, como uma baixa prolongada, uma situação de inactividade profissional ou uma doença.

A Casa 12 também representa a preocupação com os problemas sociais e civilizacionais, todas as crises e doenças da humanidade, pelo que é também designada como a casa dos mártires ou “salvadores” do mundo.

Pessoas com o Sol nesta Casa tenderão a procurar um certo isolamento e privacidade, vivendo com alguma naturalidade os assuntos da espiritualidade. Haverá tendência para terem um Pai ausente.

Com a Lua nesta Casa, o indivíduo poderá ter insegurança em estar sozinho, provavelmente devido a um sentimento precoce de abandono associado à mãe. Porém, esta pode ser uma posição de grande intuição e mudança no relação com o Universo transfísico.

Com Mercúrio nesta área de vida, será natural um espírito algo questionador de tudo aquilo que é misterioso ou escondido. É comum em pessoas que tiveram dificuldades na inserção escolar.

Vénus na Casa 12 é uma posição frequente em amores clandestinos. No entanto, também indica possibilidade de amor incondicional aos outros, pelo abraço a causas colectivas.

Marte nesta Casa sugere dificuldades em lidar com a solidão e alguma tendência para situações de hospitalizações/ operações. Haverá tendencialmente agitação psíquica, e nalguns casos, a supressão da auto-afirmação. É a posição do guerreiro espiritual.

Júpiter na Casa 12 sugere protecção contra crises existenciais e problemas graves, bem como a “salvação” pela entrega solitária a uma causa. É uma posição de fé no divino e um sinal de vida extra-profissional muito plena.

Com Saturno na Casa 12, a sabedoria será alcançada por processos profundos de pacificação interna, de modo a ultrapassar medos inconscientes de abandono e solidão, ou outros bloqueios auto-impostos.

Com os planetas transpessoais nesta Casa, as experiências meditativas podem tornar-se fundamentais para as catarses existencial, mental e física. A Casa 12 tem afinidade natural com Peixes, o décimo segundo signo do Zodíaco.

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